10 de dezembro de 2013

Um andarilho admira o horizonte em silêncio, onde o vazio já não pode mais te incomodar

Em seu constante caminhar tem os olhos abertos para tudo o que propriamente se passa no mundo, sejam os belos arvoredos que o acompanham em sua jornada, sejam as penumbras que pairam sobre seu próprio espírito

Sabe onde quer chegar, mas não viaja em direção a um último alvo, e sim rumo ao gosto de sentir sempre um novo amanhã

Em sua alma se projeta luz, em teu corpo se projeta sombra, nascentes uma da outra, se perde em meio a noite e emerge no sorver da claridade do sol

Andando devagar para sentir tão pulsante e viva que é a lua entre as paisagens de um destino que a vida sempre vai lhe mostrar

Não pode prender e limitar os seus vôos, pois há nele algo de errante, como um nômade que transita entre auroras e escuridões pelo simples prazer de divagar, no deleite de sentir os ventos de mudança

Muitos ficam a pensar que ele nunca existiu, mas sempre persistiu a caminhar valorizando as coisas pequenas da vida com toda a sensibilidade de seu caráter em todos os seus gestos

Pois sabe que a potência de seus sentidos nunca se esgotam e que o sentimento pleno de liberdade só é apreciado se for experimentado com intensidade

Afirmando os devires de sua vivência intempestiva sem renúncias, suscitando acontecimentos e possíveis em seu vir a ser (...)

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