Sabemos muito bem que não existe ação sem interesse, ainda mais entre amigos. Mas, se o círculo oportunista necessita de escadas socializantes, então que ele encontre o primeiro estúpido e concorrente utilitário que vier pela frente disposto a lhe conhecer melhor e com vontade de ser reconhecido por todos oferecendo pratos preparados com seus juízos de valores morais. Deixe-os tecerem as teias para raptar e produzir um ninho de aduladores no jogo de conveniências emparedadas. Agora, os mais argutos conseguem farejar a distância o fedor de tais wagnerianos dissimulados; e não bebe do veneno e nem tão pouco dão margem para que garimpeiros plagiadores e vampirescos se aproximem com pretensões de autossuficiência. Desses, é preciso romper qualquer laço, sobretudo daqueles que alardeiam amizade colocando-a na mesa de seu telos na busca pelo pão de cada dia. Para uma intensa conversação, partilha e troca de experimentações, muitas vezes, a desconfiança alegre é um sinal de saúde e uma criteriosa escolha de um vinho da vida. E diferente do que dizem os crentes e por mais desagradável que seja admitir, é dela que se desembaraça um sentimento de serenidade. Nela é possível encontrar destinos singulares que podem coexistir sem depositar expectativas absolutas em algo para a satisfação própria. Confiar ilimitadamente nas pessoas sob o preço de mais entendimento de si e dos outros é uma das maiores e enfermas ingenuidades, solo fértil para ervas daninha e um abismo de decepções para os que se entregam às razões castas das virtudes. E dito isto, não repousa justificativas para o que é inseguro, mas de propósito, a precisão de se desviar dos maus cheiros e a coragem de livrar-se das podres e fadigadas mediocridades e suas fumaças sufocantes, pois ela exala o lodo dos que estão sujeitos a devorarem uns aos outros para subir ao trono e puxar a alavanca do poder. A patologia deles somente se presta a servir e digerir as relações humanas em nome da idolatria dos supérfluos. Atente-se contra esses furtos e a doença que chamam de “cultura”, eles adoram apropriar pra si os tesouros da criação alheia para adquirirem riquezas e possuir prestígio individual. O coletivo passa a ser um meio de estatutos, burocracias, protocolos, ethos funcionalizados pela economia de princípios e preservação hipócrita de uma certa comunidade do “nós”. E justamente são esses empresários morais que jamais vivenciaram a exuberância de amizades autênticas, são seduzidos facilmente pelas carícias do vazio e da decadência pela qual dependem e não conseguem desvencilhar.
A intensidade das resistências intempestivas que se desdobram no diagnóstico genealógico e descontínuo do presente
29 de março de 2011
Sobre Amizade e as Conveniências
Sabemos muito bem que não existe ação sem interesse, ainda mais entre amigos. Mas, se o círculo oportunista necessita de escadas socializantes, então que ele encontre o primeiro estúpido e concorrente utilitário que vier pela frente disposto a lhe conhecer melhor e com vontade de ser reconhecido por todos oferecendo pratos preparados com seus juízos de valores morais. Deixe-os tecerem as teias para raptar e produzir um ninho de aduladores no jogo de conveniências emparedadas. Agora, os mais argutos conseguem farejar a distância o fedor de tais wagnerianos dissimulados; e não bebe do veneno e nem tão pouco dão margem para que garimpeiros plagiadores e vampirescos se aproximem com pretensões de autossuficiência. Desses, é preciso romper qualquer laço, sobretudo daqueles que alardeiam amizade colocando-a na mesa de seu telos na busca pelo pão de cada dia. Para uma intensa conversação, partilha e troca de experimentações, muitas vezes, a desconfiança alegre é um sinal de saúde e uma criteriosa escolha de um vinho da vida. E diferente do que dizem os crentes e por mais desagradável que seja admitir, é dela que se desembaraça um sentimento de serenidade. Nela é possível encontrar destinos singulares que podem coexistir sem depositar expectativas absolutas em algo para a satisfação própria. Confiar ilimitadamente nas pessoas sob o preço de mais entendimento de si e dos outros é uma das maiores e enfermas ingenuidades, solo fértil para ervas daninha e um abismo de decepções para os que se entregam às razões castas das virtudes. E dito isto, não repousa justificativas para o que é inseguro, mas de propósito, a precisão de se desviar dos maus cheiros e a coragem de livrar-se das podres e fadigadas mediocridades e suas fumaças sufocantes, pois ela exala o lodo dos que estão sujeitos a devorarem uns aos outros para subir ao trono e puxar a alavanca do poder. A patologia deles somente se presta a servir e digerir as relações humanas em nome da idolatria dos supérfluos. Atente-se contra esses furtos e a doença que chamam de “cultura”, eles adoram apropriar pra si os tesouros da criação alheia para adquirirem riquezas e possuir prestígio individual. O coletivo passa a ser um meio de estatutos, burocracias, protocolos, ethos funcionalizados pela economia de princípios e preservação hipócrita de uma certa comunidade do “nós”. E justamente são esses empresários morais que jamais vivenciaram a exuberância de amizades autênticas, são seduzidos facilmente pelas carícias do vazio e da decadência pela qual dependem e não conseguem desvencilhar.
15 de março de 2011
Catástrofe, Assistência Homeostática, Capital-Taoísta e Governamentalidades
No bojo
da solidariedade seletiva e felicidade taoísta da
economia, novos terremotos e maremotos de grande magnitude surpreendem a todos
destruindo as cidades no Japão e chefes de Estado das Nações Unidas e do
governo da União Européia logo mobilizaram-se no esforço da "reconstrução
japonesa" com investimentos em produtos e capital humano. Diferente dos
casos no Haiti e Indonésia na qual as ajudas foram apenas
"humanitárias", com mantimentos, manutenção de misérias e ocupação
militarizada. No jogo da indiferença e das estratégias de redução de risco, as
tecnologias de alerta às catástrofes climáticas e prestação de apoio parecem
ter ignorado os efeitos do furacão Katrina e, as consequências dos
"tsunamis cotidianos" que nos atingem são tratadas como algo normal e
banalizado. Para uns "condolências" e otimismo, para outros
"reconquistas", desdém e invasões.
Assim
como foi adotada nos períodos da Guerra Fria e ao lado das manifestações
ecológicas, ressurgem em protestos as atuais estetizações preventivas da
máscara de gás que alardeam o medo indeterminado de contaminação pelas energias
radioativas, caos e perigo nuclear, apesar das denúncias e até mesmo após as
experiências do acidente em Chernobyl, cidade ao norte da Ucrânia, esses
fatores não conteve as usinas nucleares de continuarem a receber altos
investimentos através da relação custo/benefício. Em meio aos acontecimentos, o
massmediático agora foca sua atenção para tremores de terras, ondas gigantes e
vazamento de radioatividade, enquanto ocorre no Ocidente um silêncio temporário
da guerra e bombardeios nas cidades da Líbia.
Após o
carnaval o qual juntou na mesma passarela elites e a conduta de "favelas
pacificadas" desfilando felizes em espaços de confinamento e contenção de
indesejáveis, são organizados os preparativos securitários e profiláticos para
a visita de Barack Obama que planeja fazer um discurso aberto em praça pública
nos bairros periféricos. Aqui, coloca-se em prática nos locais de passagem do
presidente norte-americano a lógica da inclusão-excludente das expressões
populares.
Nos programas
jornalísticos na televisão, engomados especialistas em relações internacionais
e formados para o funcionalismo distribuem conselhos para a realização de um
"governo melhor" na economia política atual, atuam como "bom
moços" da diplomacia com a tarefa de ampliar as redes do mercado
governamental, racionalizando assegurar a prosperidade do capitalismo
democrático, informatizado e globalizado para manter os controles de população
satisfeita com a participação e autorização mesmo exposta à gestão dos riscos.
7 de março de 2011
O Sequestro da Multitudo pelo Poder Pastoral
Diferente do que dizem as
retóricas demagógicas e as técnicas de seu zoomorfismo de vanguarda, um cordeiro será
sempre um cordato. E nenhum lobo sustenta compaixão por ovelhas, a menos que
ele tenha deixado a muito tempo de ser alcatéia para compor rebanhos ou se
tornado cão de guarda conduzido por um pastor que visa impedir qualquer anomalia selvagem e conatus coletivo para fazer a manutenção de seu bovídeo manso e
amável. Sem querer nos enganar com sentimentalismos baratos, os piedosos são aqueles que pretendem intoxicar as multiplicidades
tencionando universalizá-las em um senso comum ou a partir de campanhas
ongueiras e ordeiras. Nos ramos da unidade ainda aspiram assumir o papel
tentacular de uma besta soberana.
6 de março de 2011
Ponto G - (B.E.R)
...Sucos de vulvas &
vinhos libidos de orquídeas desinibidas
Preliminares lascivas,
devassas malícias
Levitação na volúpia das
carícias
Fluxos corpóreos, êxtase
dos sentidos
Instintos viris e
deleites de seios macios
Ao sabor molhado de
fendas íntimas umedecidas
Estímulo de orgasmos, língua
no clítoris
Desejos insaciáveis,
iniciativas ousadas e não púdicas
Se escuta bem perto do
ouvido sussurros, gritos e gemidos
Suor e transbordamento de
líquidos
A flor da pele se excita
a combustão feminina
Delícias espraiam nas
lúbricas vaginísticas...
3 de março de 2011
Heterotopias, Esgotamento de Idealizações e Tecnologias de Controle e Monitoramento na Nova (Des)Ordem Mundial
Quando vidraças e
espelhos se quebram, as idealizações que porventura navegavam em sítios irreais
e virtualizados ou os encantos lançados além-mar são substituídos pela
espionagem e medidas de tolerância zero mesmo após a queda de muralhas. Eis o contraste de
espaços heterogêneos. O que outrora flutuava como um navio em lugares sem lugar
na busca por jardins, preciosidades e sonhos ao infinito esgota-se e passa a se
desdobrar em tecnologias de controle e monitoramento em espacialidades fechadas
e a céu aberto. Assim, a prática da pirataria abriu margens para a polícia e a
colonização para as políticas preventivas de segurança e contenção dos riscos
na lógica do Império. Ao invés de reativar os refúgios seguros da utopia, o
desvio é a linha que possibilita respirar e contestar no interior do campo de
batalhas. Sejam bem vindos à realidade de sociedades e "civilizações"
sem barcos. Não temam transitar ou (des)territorializar a dobra de fora desses outros espaços...
Considerações...
Os malditos não são
longevos, nascem intempestivamente póstumos. Por vezes, a morte interrompe seus
fluxos criativos, mas eles não carregam a ganância de serem eternos. Afirmam a finitude com o vigor
incondicional de sua vivacidade. Os laços parentais podem deturpar suas obras
sobre as quais não se enquadram no motor da História que disciplina sistemas de
pensamentos na paleontóloga e jurássica arborescência do conhecimento. A fuga
de suas invenções se esquiva das boas maneiras de moços, donzelas e caquéticos
glacializados que enjoam de fazer aniversários na fumaça de seu cigarro
coagulado ou no atrofiamento de icebergs epistêmicos e rochas caudilhescas.
Para aqueles que se aprisionaram em sentidos opacos com a vontade de calcular
seus devaneios de triunfo a partir da carga metafísica e científica, tal
sentimento de vitalidade inesgotável e pensamento afirmativo ao longo da tarde
passa incompreendido, enquanto pássaros ousados experimentam renovar o seu vôo
pelo amanhecer dia após dia. A potência inoportuna da extemporaneidade despreza os últimos homens, que, envenenados com a
terra, esperam o além-mundo na agonia biliosa e rabugenta. O sarcasmo e a
ironia tornam-se terríveis contra as picuinhas e mesquinharias de azedumes
moralistas que reclamam dos que ainda respiram, potencializam auroras e vivenciam
novos possíveis. Tais pessoas a posteriori não se interessam por rostificações absolutas e se
distanciam das tarântulas que tem a necessidade de se conservarem no fardo e
suplícios de seu fulcro reativo, hemorróidas pessimistas e as varizes da
estagnação moribunda. A atitude extemporânea recusa vagar em direção à face
alcantilada de um penhasco que sucede para a renúncia de algo insubsistente,
ela não espera delongamente as lonjuras habituando a prestar serviços ao ocaso,
e muito menos ambiciona alcançar as Índias na qual todo naufrágio se encontra
fundamentado. O que é intempestivo não funda hábitos, multiplica gestos e
antecipa genialmente sua época. Age contra o tempo e, sobre o tempo favorece um
tempo que virá...
Revoltas ou Reformas e Acomodações?
Renúncia de Ben Ali e
Hosni Mubarak, que foram a muito tempo úteis na aliança com o Ocidente
Comemorações e rezas por parte das populações
Após a "queda" dos ditadores, novos enfrentamentos com a polícia e o exército
Juntas militares assumindo o governo, acabando com congressos e suspendendo paradigmas constitucionais
Golpe de Estado contra o ditador
A multidão festeja a "democracia" por vias militares, esperam a promessa eleitoral da "transição"
Permanências do antigo regime no sonho por eleições
A tal "Revolução Árabe" parece mais uma acomodação de forças acerca de uma democracia ocidental e teocrática
EUA e Europa que outrora apoiavam ditaduras, hoje apoiam tutelas democráticas que não comprometam a livre circulação dos interesses capitais e joguetes diplomáticos militares
Quando a radicalização não interessa mais aos governos, cabe apostar na negociação e evitar setores fundamentalistas
Esperam haver uma aclimatação de democracia e negociação entre ocidentais e árabes
Revolucionários ou redimensionamento da política em países árabes para promover interesses lucrativos de mais uma cosmética liberal?
Comemorações e rezas por parte das populações
Após a "queda" dos ditadores, novos enfrentamentos com a polícia e o exército
Juntas militares assumindo o governo, acabando com congressos e suspendendo paradigmas constitucionais
Golpe de Estado contra o ditador
A multidão festeja a "democracia" por vias militares, esperam a promessa eleitoral da "transição"
Permanências do antigo regime no sonho por eleições
A tal "Revolução Árabe" parece mais uma acomodação de forças acerca de uma democracia ocidental e teocrática
EUA e Europa que outrora apoiavam ditaduras, hoje apoiam tutelas democráticas que não comprometam a livre circulação dos interesses capitais e joguetes diplomáticos militares
Quando a radicalização não interessa mais aos governos, cabe apostar na negociação e evitar setores fundamentalistas
Esperam haver uma aclimatação de democracia e negociação entre ocidentais e árabes
Revolucionários ou redimensionamento da política em países árabes para promover interesses lucrativos de mais uma cosmética liberal?
Dionísio?... Ou justificativa de ecologia burguesa sobre o sexo?
Na onda liberal
ocidental, os discípulos de Epícuro adoram dissimular e se autojustificarem na
sombra de um Dionísio fracassado. O dionisíaco passou a ser o deus morto
associado aos sucedâneos hedonistas. Em meio a ritos e teatralizações, o vinho
permanece envergonhado e ascético nas crenças descafeinadas. Na inegável busca
de sentido, ainda necessitam sustentar alicerces no consumo do próprio desejo.
Os impotentes se deixam levar ao fabricarem pra si mesmo uma moral de escravo
no jogo retórico e epistemológico de aliciamento das supostas “Ménades”. Sinal
de decadência em palcos festivos que insiste em capturar a alegria trágica a
partir de éticas utilitaristas e sectárias para fundar teocracias corpóreas e
tentativas de reforma clássica de fundamentos edipianos que sempre recorrem às
divindades encomendadas. Apenas adotam deuses para edificar princípios
civilizatórios na falácia sobre as liberalidades permitidas e terapeuticamente sugeridas aos consumidores do
mercado da sexualidade.
Futilidades Old e New Ages, Cartilhas Esclarecidas e Cordeiros Fetichistas No Capital Humano
No afã cult e esgotado
das filosofices de café, as ciências humanas tornam-se manuais de autoajuda que
oferecem receituários psicanalíticos do bem-viver sustentável e promessas de
felicidade. Terreno garantido e corporativo para "intelectuais"
envaidecidos que adoram esbanjar conhecimento e erudição fast food. Ao biografizar
sua "geração", mobilizam demandas consideráveis de bajuladores
dóceis. Na proteção de seus departamentos institucionais, atuam como
professores iluminados que procuram ser fim, não ponte. Necessitam arrebanhar a
"vontade de discípulos" no melhor estilo Sade (e não Masoch) para
manter o seu regime paternalista ao chicotear ovelhas domesticadas que tem fetiches
por palmadas pedagógicas no diletantismo de seu aprendizado. Esses são aqueles
que buscam impressionar seguidores no status de suas redes sociais. Capturam e
romantizam pensamentos e obras intempestivas para repaginar as ladainhas
politicamente corretas e uma platéia que se acha inteligente em seu
empreendedorismo pessoal, cultural e intelectual. No final das contas, enxergam
esses espaços de debates apenas como um programa "culto" em busca de
certificações, sobretudo aqueles(as) incautos fúteis nas quais acham que Aufklärung são luzes nos
cabelos.
Sobre 'Anarco' Fascistóides, Esfaqueamentos e Distorções
Na captura de palavras,
citações descontextualizadas e informações distorcidas, o fascismo entranhado
nos corpos e na superfície do campo de batalhas, levanta a poeira ideologística
para promover sua pulsão assassínia, fanática e destrutiva. Fantasiados por um
suposto espírito revolucionário atuam como arautos da ordem ao reproduzirem
condutas autoritárias. A desobediência é usada como justificativa, mas estão
muito longe dela, pois amam o castigo, armados, subjetivam o governo policial
ao exercerem a austeridade no seu cotidiano. Se equivalem ao abismo que tanto
lutam contra na panacéia do "inimigo" invisível e sem referências. Na
função de morte aos adversários e defesa de si ancoram-se na investida contra
os movimentos de orientação nazi, e logo reiteram ainda mais os atos de
intolerância, agressões e discriminação, assemelhando-se aos skinheads só que carregando símbolos anárquicos, frases de efeito
e dissimulando subversão. Muitos deles reverenciam trajes militarizados. São
generais medíocres que adoram se sentir superiores hasteando bandeiras
pretensamente libertárias. Não desejam experimentar e intensificar o fogo de
devires livres, querem conservar o assujeitamento às autoridades. Deslumbrados,
acreditam piamente estarem inspirados pelos levantes discorridos em outros
contextos associando-os às suas incursões exterministas. No entanto, as
insurgências na Grécia, Egito, Tunísia e Argélia não tem afinidade alguma
com aqueles que zelam e acatam o comando. Os 'anarco' fascistóides não passam
de rascunhos grotescos de policiais/militares e não desobedientes civis.
Temporais, Enchentes, Pilantropias e Metafísicas Vingativas
Em meio a sérios
problemas de calamidade pública provocada pelas catástrofes climáticas, ainda
teve que aturar por aí a fora a estupidez de místicos mesquinhos que projetam
nos fenômenos naturais a sua vingança apocalíptica ao se colocarem como juízes
condenadores da "humanidade". Enquanto isso, as praias se convertem
em ilhas paradisíacas de renunciadores idílicos que buscam redenção e entretenimento
no delírio bronzeado, e ainda procuram se manterem informados e comovidos ao
prestarem ajudas humanitárias dispensadas às demografias planejadas para serem
descartáveis como um receptáculo da compaixão e ética utilitária da caridade.
Pós eleições, Microfascismos e Romantismo
Setores fascistas e
fanáticos da sociedade paulista e também de outros estados e capitais que se
envenenaram de forma viral com as cargas ideológicas da segregação sulista (a
mimética grotesca, nefasta e execrável da Ku Klux Klan dos trópicos) exortam o separatismo regional e a
xenofobia contra os nordestinos, preconceito de classe ao desqualificarem os
votos dos mais pobres após a circulação de discursos conservadores e
fundamentalistas declarados no limiar da guerra eleitoral que fomentou
idiossincrasias despolitizadas, obscurantismo e a (des)informação
mistificadora. Como nos regimes ditatoriais e de exceção, o massmedia oferece seu
apoio a uma candidatura mentirosa, caluniosa, machista, sexista, misógina e
inquisitorial que acirrou perseguições e estigmatizou grupos minoritários.
Filiados à ignorância (ou às vistas grossas), denunciam programas sociais e
seus beneficiários ao reproduzirem os mitemas desenvolvimentistas da “terra do
trabalho” e “locomotiva da nação”. As subjetividades microfascistas espraguejam
nas redes sociais, spammers e panfletagens impressas de fanatismos, a vontade
de extermínio e o racismo ao defecarem suas frustrações, medo, ódio e falso
moralismo rasteiro e infundado. O ressentimento se expressa abertamente no
ruminar-se bovinístico daqueles que estratificam seus desejos tirânicos no
vazio ontológico e máquina de terror. Ao morrer de amores pelo poder, mandam o
aniquilamento da outridade quando se apegam a afetos negativos que não foram
correspondidos por um certo romantismo - no sentido de uma crença na
"pureza racial" e projetos de alinhamento social - que tanto
almejaram pra si e que rói os órgãos do rebanho inseguro e totalitário.
Enquanto isso, muitos se consolam ou indignam-se em nome de seu complexo de mazombo e agonismos xenofílicos, na agudeza de seus juízos,
ainda vem falar de ignomínias nacionais e “orgulho territorial”...
É preciso não esquecer:
É preciso não esquecer:
Racismo, Teleologia e Revisionismo
Se o racismo se tornou
encadeador raciológico da história, o passado da escravidão para o fanatismo
passou a ser um revisionismo biológico do humanismo.
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