Na onda liberal
ocidental, os discípulos de Epícuro adoram dissimular e se autojustificarem na
sombra de um Dionísio fracassado. O dionisíaco passou a ser o deus morto
associado aos sucedâneos hedonistas. Em meio a ritos e teatralizações, o vinho
permanece envergonhado e ascético nas crenças descafeinadas. Na inegável busca
de sentido, ainda necessitam sustentar alicerces no consumo do próprio desejo.
Os impotentes se deixam levar ao fabricarem pra si mesmo uma moral de escravo
no jogo retórico e epistemológico de aliciamento das supostas “Ménades”. Sinal
de decadência em palcos festivos que insiste em capturar a alegria trágica a
partir de éticas utilitaristas e sectárias para fundar teocracias corpóreas e
tentativas de reforma clássica de fundamentos edipianos que sempre recorrem às
divindades encomendadas. Apenas adotam deuses para edificar princípios
civilizatórios na falácia sobre as liberalidades permitidas e terapeuticamente sugeridas aos consumidores do
mercado da sexualidade.
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