3 de março de 2011

Dionísio?... Ou justificativa de ecologia burguesa sobre o sexo?

Na onda liberal ocidental, os discípulos de Epícuro adoram dissimular e se autojustificarem na sombra de um Dionísio fracassado. O dionisíaco passou a ser o deus morto associado aos sucedâneos hedonistas. Em meio a ritos e teatralizações, o vinho permanece envergonhado e ascético nas crenças descafeinadas. Na inegável busca de sentido, ainda necessitam sustentar alicerces no consumo do próprio desejo. Os impotentes se deixam levar ao fabricarem pra si mesmo uma moral de escravo no jogo retórico e epistemológico de aliciamento das supostas “Ménades”. Sinal de decadência em palcos festivos que insiste em capturar a alegria trágica a partir de éticas utilitaristas e sectárias para fundar teocracias corpóreas e tentativas de reforma clássica de fundamentos edipianos que sempre recorrem às divindades encomendadas. Apenas adotam deuses para edificar princípios civilizatórios na falácia sobre as liberalidades permitidas e terapeuticamente sugeridas aos consumidores do mercado da sexualidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário