No bojo
da solidariedade seletiva e felicidade taoísta da
economia, novos terremotos e maremotos de grande magnitude surpreendem a todos
destruindo as cidades no Japão e chefes de Estado das Nações Unidas e do
governo da União Européia logo mobilizaram-se no esforço da "reconstrução
japonesa" com investimentos em produtos e capital humano. Diferente dos
casos no Haiti e Indonésia na qual as ajudas foram apenas
"humanitárias", com mantimentos, manutenção de misérias e ocupação
militarizada. No jogo da indiferença e das estratégias de redução de risco, as
tecnologias de alerta às catástrofes climáticas e prestação de apoio parecem
ter ignorado os efeitos do furacão Katrina e, as consequências dos
"tsunamis cotidianos" que nos atingem são tratadas como algo normal e
banalizado. Para uns "condolências" e otimismo, para outros
"reconquistas", desdém e invasões.
Assim
como foi adotada nos períodos da Guerra Fria e ao lado das manifestações
ecológicas, ressurgem em protestos as atuais estetizações preventivas da
máscara de gás que alardeam o medo indeterminado de contaminação pelas energias
radioativas, caos e perigo nuclear, apesar das denúncias e até mesmo após as
experiências do acidente em Chernobyl, cidade ao norte da Ucrânia, esses
fatores não conteve as usinas nucleares de continuarem a receber altos
investimentos através da relação custo/benefício. Em meio aos acontecimentos, o
massmediático agora foca sua atenção para tremores de terras, ondas gigantes e
vazamento de radioatividade, enquanto ocorre no Ocidente um silêncio temporário
da guerra e bombardeios nas cidades da Líbia.
Após o
carnaval o qual juntou na mesma passarela elites e a conduta de "favelas
pacificadas" desfilando felizes em espaços de confinamento e contenção de
indesejáveis, são organizados os preparativos securitários e profiláticos para
a visita de Barack Obama que planeja fazer um discurso aberto em praça pública
nos bairros periféricos. Aqui, coloca-se em prática nos locais de passagem do
presidente norte-americano a lógica da inclusão-excludente das expressões
populares.
Nos programas
jornalísticos na televisão, engomados especialistas em relações internacionais
e formados para o funcionalismo distribuem conselhos para a realização de um
"governo melhor" na economia política atual, atuam como "bom
moços" da diplomacia com a tarefa de ampliar as redes do mercado
governamental, racionalizando assegurar a prosperidade do capitalismo
democrático, informatizado e globalizado para manter os controles de população
satisfeita com a participação e autorização mesmo exposta à gestão dos riscos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário