15 de março de 2011

Catástrofe, Assistência Homeostática, Capital-Taoísta e Governamentalidades



No bojo da solidariedade seletiva e felicidade taoísta da economia, novos terremotos e maremotos de grande magnitude surpreendem a todos destruindo as cidades no Japão e chefes de Estado das Nações Unidas e do governo da União Européia logo mobilizaram-se no esforço da "reconstrução japonesa" com investimentos em produtos e capital humano. Diferente dos casos no Haiti e Indonésia na qual as ajudas foram apenas "humanitárias", com mantimentos, manutenção de misérias e ocupação militarizada. No jogo da indiferença e das estratégias de redução de risco, as tecnologias de alerta às catástrofes climáticas e prestação de apoio parecem ter ignorado os efeitos do furacão Katrina e, as consequências dos "tsunamis cotidianos" que nos atingem são tratadas como algo normal e banalizado. Para uns "condolências" e otimismo, para outros "reconquistas", desdém e invasões.
Assim como foi adotada nos períodos da Guerra Fria e ao lado das manifestações ecológicas, ressurgem em protestos as atuais estetizações preventivas da máscara de gás que alardeam o medo indeterminado de contaminação pelas energias radioativas, caos e perigo nuclear, apesar das denúncias e até mesmo após as experiências do acidente em Chernobyl, cidade ao norte da Ucrânia, esses fatores não conteve as usinas nucleares de continuarem a receber altos investimentos através da relação custo/benefício. Em meio aos acontecimentos, o massmediático agora foca sua atenção para tremores de terras, ondas gigantes e vazamento de radioatividade, enquanto ocorre no Ocidente um silêncio temporário da guerra e bombardeios nas cidades da Líbia.
Após o carnaval o qual juntou na mesma passarela elites e a conduta de "favelas pacificadas" desfilando felizes em espaços de confinamento e contenção de indesejáveis, são organizados os preparativos securitários e profiláticos para a visita de Barack Obama que planeja fazer um discurso aberto em praça pública nos bairros periféricos. Aqui, coloca-se em prática nos locais de passagem do presidente norte-americano a lógica da inclusão-excludente das expressões populares.
Nos programas jornalísticos na televisão, engomados especialistas em relações internacionais e formados para o funcionalismo distribuem conselhos para a realização de um "governo melhor" na economia política atual, atuam como "bom moços" da diplomacia com a tarefa de ampliar as redes do mercado governamental, racionalizando assegurar a prosperidade do capitalismo democrático, informatizado e globalizado para manter os controles de população satisfeita com a participação e autorização mesmo exposta à gestão dos riscos.

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