No afã cult e esgotado
das filosofices de café, as ciências humanas tornam-se manuais de autoajuda que
oferecem receituários psicanalíticos do bem-viver sustentável e promessas de
felicidade. Terreno garantido e corporativo para "intelectuais"
envaidecidos que adoram esbanjar conhecimento e erudição fast food. Ao biografizar
sua "geração", mobilizam demandas consideráveis de bajuladores
dóceis. Na proteção de seus departamentos institucionais, atuam como
professores iluminados que procuram ser fim, não ponte. Necessitam arrebanhar a
"vontade de discípulos" no melhor estilo Sade (e não Masoch) para
manter o seu regime paternalista ao chicotear ovelhas domesticadas que tem fetiches
por palmadas pedagógicas no diletantismo de seu aprendizado. Esses são aqueles
que buscam impressionar seguidores no status de suas redes sociais. Capturam e
romantizam pensamentos e obras intempestivas para repaginar as ladainhas
politicamente corretas e uma platéia que se acha inteligente em seu
empreendedorismo pessoal, cultural e intelectual. No final das contas, enxergam
esses espaços de debates apenas como um programa "culto" em busca de
certificações, sobretudo aqueles(as) incautos fúteis nas quais acham que Aufklärung são luzes nos
cabelos.
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