28 de julho de 2011

Dos Venenosos que Matam e Curam - Algumas pessoas fingem acreditar umas nas outras. Em seus rumores, depositam falsas expectativas, créditos, méritos ou juízos de valor para posteriormente diminuir e menosprezar o que dizem ser o seu "próximo". Elas o mortificam, e logo em seguida, por compaixão, recomendam a cura para depois ruminar os logros de seus regozijos aos quais depreciam prosperidades, celebram e até mesmo incentivam misérias alheias. Contudo, o desdém ou o pouco caso sempre foram e continuam sendo o assassinato nostálgico executado por aqueles que de forma tardia irão lamentar suas mesquinhas considerações a partir da covardia nomeada de "virtude". Piedade e caridade nunca foram sinônimos de confiança e vitalidade, elas jamais se prestaram para robustecer e revigorar forças. Os patifes com boa consciência agridem e trapaceiam no simulacro de amabilidades, chegando ao ponto de solicitarem perdão após ferir o outro. Eis a presunção dos que berram solidariedade conservando-se hostis e aguardando no covil brindar e comentar destroços de outrem. Nota-se o quanto são asquerosos os venenos que matam e curam, dos que querem cuidar, dissimular afabilidades a alguém e depois torcer para que ele tropece para assim oferecer a sua caridade, típico dos que aplaudem quedas, flagelam o seu "semelhante" e depois apelam por cuidados e filantropias. No entanto, há que se demonstrar sempre o contrário a quem em sua teia espera, imagina ou julga ser algo pouco provável. Contra a frieza dos juízes e dos falaciosos, nenhum dragão morre com venenos e emboscadas de víboras e tarântulas, tampouco devolve humilhações com as mesmas moedas usadas pelos apreços louvados e nutridos por mentiras, pois a sua fartura é demasiadamente fecunda para dispensar a vigília de urubus compassivos e não depender, nem ceder ou receber razões, justiças, castigos e curas de quem roga pragas e depois lambe as feridas.

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